Uma maneira nova de pensar,
Pois necessito, quase em fim,
De perceber o mundo com outro olhar,
Uma forma mais clara, menos dor,
Um sofrimento suportável, quase normal.
Afasta de mim a maldita necessidade,
de extrair sentido do que não necessita,
de sentido para existir ou estar lá.
Afasta esse maldito e vão pensar,
Esta carga desumana a me pesar,
Esta infelicidade inerte a mim,
Esta solidão tão fiel e esse desprazer a incorporar-me.
Não culpo ninguém, é apenas exagerado demais,
O saldo do sofrimento acima dos raros prazeres de viver,
Sempre prevalecendo o horrível,
dentro de mim ou a qualquer,
seja o pessimismo ou o simples fracassar.
O Cálice sempre esteve próximo a mim,
não deixando chances para qualquer forma alternativa,
de menos dor, um sofrimento suportável, quase normal.
Despeço-me e digo, sem duvidar,
nada há de errado em acabar
com o suplício injustificado e não-justo,
a falta de razões para continuar,
e o horror só de pensar em estar a viver.
No comments:
Post a Comment