Friday, November 21, 2008

Ensaio sobre o Isolamento


“Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo, tantas vezes — aquele animal extraviado que não encontra abrigo, nem alegria, nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível.”

Resolvi começar este texto com a citação de um de meus livros favoritos, do escritor alemão Hermann Hesse, "O Lobo da Estepe". Não só por admiração ao livro, mas sim por uma identificação grande que sinto com a citação. No decorrer do texto, o leitor entenderá o porquê. O livro narra a história de um outsider, que se isola e é isolado da sociedade, por ter ideais e princípios totalmente diferentes da maioria; dos denominados "comuns".

Este não é um texto que escrevo só para somar à coleção que tenho. Não é só mais um desabafo. Faz parte da terapia que me impus. Faz parte da intenção de elevar meu ser interior, e, tudo isso com a finalidade simples só de me entender. Entender meu comportamento, que muitas vezes não é saudável, tanto aos meus próximos quanto a mim mesmo, chegando muitas vezes a ser auto-destrutivo.

Nessas últimas semanas tenho percebido que minha mentalidade está diretamente relacionada à atmosfera externa. Sou muito sensível ao ponto de tomar as dores do ambiente que me cerca. Qualquer defeito, ao meu redor, incomoda-me dolorosamente. Eu não deveria me incomodar com fatores tão externos à mim, que nada me somam; e buscar a felicidade apenas dentro de mim mesmo.

Como se não bastasse a efervescência de minhas emoções, que estão sempre em estado de ebulição, se assim podemos comparar; possuo uma intensa tendência a transformar o mundo(o meu mundo) em um Caos. Não que o mundo seja um Caos. O mundo é aquilo em que eu o transformo, através do que enxergo, dependendo da visão que tenho. E, inexplicavelmente, eu apenas enxergo o mundo como uma ópera do horrível, ou um filme cult de drama sobre a natureza cruel humana. Parece que me acostumei a apenas olhar o lado selvagem, cruel, sangüinário, doentio, da humanidade, deve ser reflexo de minha obsessão por estudar o século XX, me fez olhar o homem como se este fosse um animal doentio e sedento por poder, por dominação desenfreada, por imposições totalitárias, e selvagerismo e violência como principal método para se atingir os objetivos estabelecidos. E isso me dá medo, por isso eu sempre tenha me isolado de todos, como sou mimado e medroso, prefiro me esconder. Me esconder desses vampiros.

Geralmente eu me sinto triste pela pessoa que estou me tornando, ou até pela pessoa que me tornei. Sinto vergonha quando as pessoas que têm/tinham expectativas de um possível sucesso meu me olham. Pois sei que estou milhas distante do padrão ideal de homem, filho, amigo, irmão, namorado e aluno. E o pior de tudo é que eu não me considero um fracassado, simplesmente porque o conceito da mídia e da sociedade de "homem ideal, bem sucedido e invejável"está muito, mas muito mesmo, distante do que eu estabeleci como um homem bem sucedido na vida.

Mas por quê? Às vezes eu gostaria de ser só mais um. Só mais uma ovelha branca em meio ao rebanho. Gostaria de estar feliz com o fato de estar me tornando um homem que tem condições de entrar na corrida desumana que é o "mercado de trabalho"; mas para mim, isto é tão vazio, você existir com ideais e metas tão fabricadas, e tão frouxas, de apenas enriquecimento material, sem nenhuma perspectiva de evolução espiritual e intelectual(o que tanto prezo).

Realmente, é muito difícil acordar para mais um dia em que construirei um futuro que não tenho certeza se o quero para mim.

Não que os outros homens, a maioria deles, estejam errados. Longe de mim apontar quem está certo e/ou quem está errado. Mas me tornar "mais um", igual à maioria, é e sempre foi tudo aquilo que sempre fugi de. Foi sempre tudo aquilo que rejeitei. E muitas vezes penso que é de minha natureza, sinto que é meu instinto me transformar num lobo da estepe, num outsider. Deve ser pré-disposição biológica.

E o que me faz sofrer é estar agindo contra a minha natureza. Cumprir metas e viver sonhos impostos pelo coletivo, pela sociedade, é isto que estou fazendo. Contruindo uma vida segura e ideal, mas que eu considero, no mínimo, incompleta. Parece que isto se tornou uma maldição.

Talvez todo este meu sofrimento seja apenas a falta que eu sinto de ser eu mesmo. Tenho a sensação constante de que não estou sendo aquele que deveria ser para estar feliz comigo mesmo, parece que sou apenas um ator, representando uma transformação. Transformação de um garoto em um homem que querem que eu seja.
Só representando, pois na verdade, eu fui, sou, e SEMPRE vou ser aquele garoto gordinho e descabelado que nunca perdeu a capacidade e o dom de se impressionar com as pequenas coisas. Os movimentos cotidianos de coisas da natureza ainda me emocionam, e ganhar um carro do Jiban-de-aço de presente ainda me faz ficar eufórico da mesma maneira em que fiquei no meu aniversário de 4 anos. Sou só uma criança, infeliz por estar envelhecendo.


"Faz parte desse jogo dizer ao mundo todo que só conhece o seu quinhão ruim.
É simples desse jeito, quando se encolhe o peito, e finge não haver competição.
É a solução de quem não quer perder aquilo que já tem e fecha a mão para o que há de vir"

Los Hermanos - Cara Estranho.

Wednesday, October 29, 2008

O medo de tentar, e de ser feliz


Quando eu era criança, não era quase nada diferente do que sou hoje. Bastante introspectivo, calado, e, apesar de calado, mantia uma cara involuntária de poucos amigos, o que afastava as outras crianças de mim. Também era gordinho e branquelo, parecia aquelas crianças mimadas criadas em restaurantes McDonalds.

Eu não gostava de sair muito de casa. Mas a maior diversão que eu tinha era quando meu pai falava para eu e meus irmãos colocarmos uma boa roupa, porque iríamos jantar fora. Eu ficava alegre a partir daí, pois sabia que era grande a chance de jantarmos numa Pizzaria que costumávamos ir, e, como era tradição, após o jantar, alugaríamos filmes. Era a década de 90, alugávamos filmes em VHS. Eu tinha direito a alugar um filme, meu irmão alugava outro. Geralmente alugávamos os filmes de super-heróis enlatados do Japão(Jiban, Jiraya, Ultraman, Black Kamen Raider) ou mesmo dos Estados Unidos. O que importa é que eu ficava encantado com aqueles filmes, rejeitados por qualquer analista "intelectual" de cinema, eram filmes considerados toscos até para as crianças da época. Eu via todos os filmes que alugávamos durante o fim de semana, repetidindo cada um várias vezes.

Quando eu fiz 10 anos, ganhei um Gameboy e a TV passou a exibir Dragon Ball Z e Pokémon. Minha diversão mudou de foco.

Mas sempre, sempre, sempre. Desde os primeiros momentos da minha vida dos quais eu me recordo, até mesmo quando não sabia ler, ver filmes era a melhor coisa do mundo. Era o céu. O Cinema influenciou minha vida de forma interna. Eu me imaginava num filme, com alguma trilha sonora fantástica, como a do Indiana Jones. Eu brincava no quintal da minha casa, com uma vassoura, que fingia ser uma espada, ou um sabre-de-luz, ou um companheiro; inventando estórias que serviriam de filmes novos, ou sequências para séries já existentes. Criava boas coisas até. Me arrependo de não tê-las escrito.

Em 1999, a televisão foi tomada por propagandas comerciais daquele que se tornaria um dos três filmes de maior bilheteria da história do cinema. A mídia só falava dele, era um filme que retomava um série que tinha dado uma pausa vinte anos antes. O nome do filme era A Ameaça Fantasma, se tratava do início da nova trilogia de Star Wars, que contaria a história do Darth Vader, imortalizado vilão da primeira trilogia. Na época eu tinha 9 anos, e não tinha idade suficiente para entrar no cinema, pois o filme tinha censura 12 anos. Mas me interessei e pedi emprestado a um amigo as fitas dos filmes clássicos de Star Wars. Qualquer filme médio de ação da minha época, como Kazam!, tinham efeitos especiais mais bem feitos. Star Wars era visualmente tosco para o que eu estava acostumado a ver, e eu amei cada minuto dos três filmes. Alguns anos mais tarde pude ver os outros filmes da série no cinema(várias vezes!), e a experiência de ver no cinema o famoso texto de abertura dos filmes, com a trilha sonora de John Williams de fundo, me fazia arrepiar os cabelos, chorar, rir, e ter os momentos de maior felicidade da vida.

Deu para perceber que eu gostava bastante de cinema, certo? Só que minha mente mudou de verdade com a chegada do DVD. Meu pai sempre fora fã da série O Poderoso Chefão, trilogia que conta a história de uma poderosa família de mafiosos italianos dos EUA. Eu vi os três filmes em dvd, mas a diferença é que, além de ficar totalmente encantado com aqueles filmes(que até então eram os melhores que já tinha visto), eu dei uma olhada no Making Of do filme. Fiquei mais encantado. Ao ver como se fazia um filme, como era tudo preparado, eu tinha me decidido. Eu realmente amava aquilo, e meu lugar era atrás das câmeras que produziam tudo aquilo que eu amava. Eu não sei exatamente o porque, mas desde o dia, eu pus na cabeça que só seria feliz quando entrasse na profissão de cineasta, e, claro, venho cada vez mais vendo e revendo filmes com mais entusiasmo.

Era realmente a única coisa que eu amava a ponto de poder dedicar toda minha vida àquilo, e não me arrepender em nada de ter feito isto. Pois no fim, valeria a pena.

Hoje eu tenho 19 anos, não sou mais o garoto de 7 anos que via filmes-B japoneses sobre heróis robóticos que lutavam contra monstros gigantes, não sou mais o garoto de 9 anos que se apaixonou pelas palavas trocadas do Yoda e pela maldade maravilhosa do Darth Vader, e, infelizmente, também não sou mais o adolescente de 14 anos que queria crescer logo e criar outra trilogia de filmes, que fosse tão importante quanto Star Wars ou O Poderoso Chefão.
Moro numa cidade que, além de não ter nenhum resquício de produção cinematográfica, está irritantemente distante de qualquer centro relativo de estudo e produção em Cinema. Até mesmo qualquer curso de Comunicação Social não estava dentro da lista de possibilidades quando fui fazer meu primeiro vestibular. "Não dá dinheiro", foi o que me disseram. Todas as pessoas a quem pedi uma opinião sobre o que fazer.

Entrei no curso de Direito. E vejo meu futuro como um adulto, ainda medroso, que olha para o passado com tristeza, e se arrepende de não ter feito o que queria, o que lhe deixaria feliz. O adulto que tomou a decisão de fazer aquilo que lhe rendia maior aceitação social e que lhe traria maior possibilidade de ter uma renda boa, que dê para comprar carro, casa mediana, comidas com direito à requeijão e batata-frita e sapatos de couro.
Você está lendo o texto e talvez venha me dizer "Ainda há tempo, rapaz, você é jovem!"

Não há tempo, nunca houve. Mesmo que eu ainda fosse aquela criança com sonhos esperançosos, não haveria tempo. O tempo só existe para quem o usa como possibilidade desde o início do jogo. Desde que aprendi a pensar, eu não controlo e cavalgo as dificuldades da vida. As dificuldades da vida cavalgam em mim, me controlam rigidamente, sem chance para o escapamento.

Escrevi esse texto porque gosto de deixar registrado alguns sentimentos meus. Quando eu for velho e infeliz, posso ler isto e pelo menos lembrar de que a vida nunca foi fácil, nem será.
Se eu puder lhe dar um conselho, e se você puder dar algum conselho a alguém, dê este: É muito melhor se arrepender de ter feito algo que não deu certo do que se arrepender eternamente de não ter tido a coragem de fazê-lo.

Eu tenho plena consciência disto, e por quê não sigo?
Eu sou medroso.

"Tentar não irá. Faça ou não faça. Não tente"
Yoda

Saturday, September 06, 2008

Provoquem o Caos, companheiros!


Cada homem, cada ser-vivo, cada componente da natureza, ao decorrer da sua existência, constrói. A construção, a evolução, a flor desabrochando, a formação das nuvens, a água na chaleira esquentando... São todos processos de "rising"(ascenção). Porém, para cada um desses processos construtivos, há uma força destrutiva partida da Natureza, uma força superior que completa o ciclo da vida, ou melhor, o ciclo da existência. Tudo que nasce... morre. Tudo que é construído, é destruído. A flor que desabrocha vai murchar e morrer. As nuvens vão se desfazer... E o café que tá na sua caneca, pode acreditar, ele "faz força" para se manter quente, mas a força destrutiva da natureza faz com que ele esfrie, por isso sua mãe grita para você "Venha antes que a comida esfrie!".

Isso é a Teoria do Caos. "A Teoria do Caos para a física e a matemática é a hipótese que explica o funcionamento de sistemas complexos e dinâmicos. (...) Isso significa que certos resultados determinados são causados pela ação e a interação de elementos de forma praticamente aleatória. Para entender o que isso significa, basta pegar um exemplo na natureza, onde esses sistemas são comuns. A formação de uma nuvem no céu, por exemplo, pode ser desencadeada e se desenvolver com base em centenas de fatores que podem ser o calor, o frio, a evaporação da água, os ventos, o clima, condições do Sol, os eventos sobre a superfície e inúmeros outros."

A Teoria do Caos é a matriz de diversas teorias sociológicas, filosóficas, econômicas, físicas e matemáticas. Atendo-me às áreas que sou um pouco mais íntimo(Filosofia e Sociologia); podemos citar como exemplos a tese de Marx da sociedade que está todo o tempo em conflito, em que dois extremos trocam de posição de época em época(o que é a classe oprimida hoje será amanhã a classe opressora, que oprimirá o que antes era a classe opressora), a mudança Classe Oprimida-Classe Opressora só será possível através de uma Revolução, e esta, por sua vez, só seria possível por meio do processo de destruição de diversos pilares da sociedade e até dos próprios componentes da mesma(pode conferir em todos os exemplos de Revolução na História, nenhuma delas deixou de causar destruição - A Russa, a Francesa, a "Gloriosa"; só foram concluídas ao fim de muitas mortes e rompimentos explosivos); ou a teoria da dualidade do homem, de Jung, em que o homem não é um, porém dois seres que conflitam internamente("aquele mesmo homem que salva uma vida, pode ser aquele que tira cruelmente outra) - Princípio este que deu base à obra "O médico e o Monstro"; ainda temos a dialética de Hegel, em que a vida é regida por duas forças opostas, sempre em conflito, e etc.

O Fato é que esta Teoria(que apesar do nome que pode confundir, é algo que trata da manutenção ordem e não do surgimento da desordem) tem sido difundida bastante em obras artísticas nos últimos anos. A destruição, segundo tais obras, seria o que causaria o reinício, de algo que não estava indo pelo seu melhor caminho. É muito comum ler algum livro ou ver algum filme em que após algum evento catastrófico, a humanidade ganha uma "segunda chance" e recomeça a construir aquilo que havia feito indevidamente. Destruir para reconstruir.

"Destruir para reconstruir". É a idéia que há na Graphic Novel "Watchmen", em que o vilão da história arma uma grande catástrofe que acaba com a vida de milhões de pessoas para que assim a humanidade, que na época da obra estava dividida e em plena competição selvagem por causa da Guerra Fria, pudesse se unir em prol da Reconstrução de um mundo digno, saudável e menos odioso(pelo menos até o tempo de uma nova catástrofe destrutiva recolocar a ordem entre os humanos).

Eu me pergunto se não é isso que está faltando! Todas essas respostas da Natureza, essa fúria do meio-ambiente, não seria simplesmente o Caos cumprindo sua função? Após séculos e séculos de uma humanidade construindo, construindo e construindo, pode ter chegado a hora da força superior da Natureza agir e destruir toda a obra do homem, a fim de um recomeço. Você já deve ter lido sobre uma profecia que diz que dois terços da humanidade se extinguirá no ano de 2012, bom... Começo a crer que há chances, e talvez esta seja uma boa notícia.
Deixando o pensamento psicótico e megalomaníaco um pouco de lado, talvez o mundo "dos humanos" não esteja chegando a mais um fim de um ciclo construtivo, talvez o fim deste ciclo esteja bem distante ainda. Mas... bem que um recomeço para este territtório chamado Brasil seria bom, não? Pois as coisas por aqui não andam nada nada em ordem. E aí, o que acha de provocar o caos neste país, pôr em prática um plano de algum evento mega-catastrófico? Grandes civilizações só ganharam status de "Grande" com as suas reconstruções após algum "Apocalipse provinciano". Destruir para reconstruir.

Ao Caos, Brasil!

Tuesday, July 01, 2008

Eu ainda sinto tudo


Dias que você se sente dormente, de tanto que treinou a si mesmo para não sentir mais nada; e certas coisas, certas aventuras... Parece que você adentrou nelas simplesmente para sentir algo, e aí quando você finalmente sente, quando seu corpo, de alguma forma, começa a doer, você percebe que chegou aonde queria.

Estes são os dias em que você se sente triste, por algo que poderia evitar, mas não consegue, e então continua deprimido. Mas disso já existe uma conclusão, que é apenas uma tendência auto-destrutiva, que cada pessoa carrega desde que nasce, porém, tal tendência é maior em alguns, menor em outros.

Depois de alguns anos, eu começo a achar que não há mais sentido, em nada. Eu fico pensando se isso não seria apenas uma crise existencial e se esses meus devaneios não seriam normais e que toda essa baboseira vai passar. Todos dizem; "vai passar, rapaz... com o tempo".

... e eu começo a achar que é verdade.
Só que os métodos de fazer com que essa baboseira toda pare podem ser perigosos demais.

O que é tudo? O que é nada? E se eu tenho tudo porque me sinto nada?
Eu fico tentando impôr à minha cabeça, com força: "Eu não estou aqui, isto não está acontecendo... Tudo isso, vai acabar, num instante, tudo tem fim".
Eu tento, apenas. E por mais que eu esteja convencido mesmo de não estar aqui, e que nada disso está acontecendo, só há uma certeza neste mundo: Eu sinto.

Descartes disse "Penso, logo existo". Pois eu, com minha arrogância e insignificância ouso dizer que só existo a partir do momento em que sinto. E isso... é ruim.
Exatamente porque eu poderia fazer de conta que não estou vivendo, e de que nada disto, nada dessa situação terrível está acontecendo, mas mesmo que não esteja, mesmo que sejam simplesmente criações infantis de minha mente, eu não deixo de sentir, eu não deixo de sentir a dor, não mesmo. E é por isso que de nada vale a tal baboseira existencialista. Para quê fazer de conta que não existe(como o próprio Thom Yorke sugere, em How To Disappear Completely) se mesmo não existindo, eu ainda sinto tudo? Este é o problema, eu ainda sinto tudo. As coisas ainda doem como uma faca afiada adentrando meu peito.

Não é engraçado. Se eu pudesse recomeçar, eu recomeçaria. Só que... todos têm um fardo. Este é o meu. É impossível o ser-humano viver sem um fardo, e o meu é este, é pensar demais, seria algo bom ou simplesmente uma maldição? Não posso fazer muito contra, é a atuação dentro do método. Penso, fico confuso, triste, deprimido, e principalmente desesperançoso. Mas ainda é mais confortável que a vida "real", em que posso interagir com pessoas ignorantes, inalando um bom ar contaminado por carros e seus canos exalando CO2... e pior, ainda ganho de brinde várias rejeições.

Ah... a rejeição. Não acho que exista algo mais cruel. Ela vem exatamente na hora em que você acha que pode ser feliz, para te fazer relembrar de todas as suas fraquezas, e que você é um humano ridículo, que ainda se importa com a opinião alheia, e pior... que depende dela. Isto é horrível.

Sinceramente, odeio ser livre. Odeio esta liberdade do mundo moderno. E essa minha psicose poderia ser resolvida se eu vivesse numa época em que fosse obrigado a lutar na guerra por minha nação. Cortar cabeças, enfiar espadas nas barrigas dos soldados adversários, morrer por nada, e ao mesmo tempo, por tudo que eu tenho. A psicose coletiva de uma guerra entre nações, sangue, barbárie, miolos, e muita selvageria. O homem no estrito sentido do seu instinto animal, isso sim aos meus olhos me fariam parar de pensar na situação em que estou existindo.

Mas... estou condenado a ser livre.

Friday, June 27, 2008

Olhe para o espelho, examine sua existência


Veja o animal nesta jaula que você construiu
Você está certo de que lado você está?
Melhor não olhar pra ele muito próximo ao olho
Você está certo de que do lado do vidro você está?

Veja a segurança da vida que você construíu
Tudo no lugar certo em que pertence
Sinta o vazio dentro do seu coração
E tudo isso está bem no lugar em que pertence

E se que tudo em sua volta
Não é exatamente como parece
E se tudo que você acha que conhece
É um sonho elaborado?

E se você olhar pro seu reflexo
Isso é tudo que pretende ser?
Suponhamos que você pudesse ver através das rachaduras
Você iria se encontrar ou teria medo de olhar?

E se tudo que está dentro da sua cabeça
São apenas suas próprias criações?
Seus diabos e seus deuses, todos os vivos e os mortos, tudo.
E você realmente está sozinho.

Você pode viver nessa ilusão
Você pode escolher acreditar
Você continua olhando mas não consegue achar as palavras
Enquanto você está se esconde nas árvores

E se que tudo em sua volta
Não é exatamente como parece
E se todo o mundo que você acha que conhece
É só um sonho elaborado?

E se você olhar pro seu reflexo
Isso é tudo que pretende ser?
Suponhamos que você pudesse ver através das rachaduras
Você iria se encontrar com medo de olhar?

Thursday, June 05, 2008

Weezer, a melhor terapia


Se você já se sentiu o maior fracassado do planeta, se já teve um amor platônico(seja por falta de reciprocidade, distância, opção sexual, ou qualquer outro motivo), se você já se sentiu, alguma vez na vida, o mais solitário de todos os seres-humanos; pois é, você deveria se tratar.

Acontece que nem todos têm paciência, dinheiro ou confiança de ir a um psicoterapêuta para resolver seus problemas. Então, o que fazer? Recorra ao Doutor Cuomo e suas canções maravilhosas.
: )

Porquê?
Aqui estão as melhores dicas do manual de sobrevivência à vida de um perdedor, de acordo como o o Doutor Cuomo.

1) "I shouldn't complain I should have no feeling, 'cuz feeling is pain as everything I need is denied me and everything I want is taken away from me but who do I got to blame? Nobody but me"
("Eu não deveria reclamar,
Eu não deveria ter sentimentos, porque sentir é sofrer, assim como tudo que eu preciso me é negado, e tudo que eu quero me é tirado.
Mas quem eu posso culpar?
Ninguém, apenas a mim mesmo)

Em "The Good Life" está a primeira lição; não reclame de seus fracassos, colocando a culpa nos outros, é tudo responsabilidade sua. Se você sofre, seja por amor ou qualquer outra coisa, a melhor coisa é parar de amar, para não se decepcionar mais, já que o resultado é sempre o mesmo.

2) "Hungry nights, once again Now it's getting unbelievable. 'Cause I could not have it better, But I just can't get no play From the girls, all around As they search the night for someone to hold onto. I just pass through... Tell me there's a logic out there. (...) Tell me there's some hope for me.
I don't wanna be lonely For the rest of my days on the earth."
("Noites esfomeadas novamente
Agora está ficando inacreditável, porque eu nunca poderia ter isso melhor, mas eu nao consigo entender.
As garotas, por todos os lados
Como se elas buscassem na noite alguém pra se apegar
Eu só passo reto...

Me diz que existe uma lógica lá fora
(...)
Me diz que tem alguma esperança pra mim
Eu não quero ser sozinho
Até o resto de meus dias na terra.")

Em "Perfect Situation", há uma das melhores tapas na cara; você tem a chance de fazer as coisas melhorarem, todas as oportunidades estão à sua frente, só que é você quem não aproveita. Como diz na música, "numa situação perfeita, eu deixei o amor escoar pelo esgoto". Não adianta dizer que o universo conspira contra você, quando ele te dá todas as "situações perfeitas" para que você possa aproveitá-las. E aí você espera que um dia as coisas melhorem, e que não fique mais sozinho, mas só esperar não adianta de nada.

3) "Leave me alone I won't pick up the phone And I won't listen to messages Sent by someone who calls up and says 'I don't like how you're living my life Get yourself a wife, get yourself a job You're living a dream, don't you be a slob'"
("Me deixe em paz
Eu não quero atender o telefone
E eu não vou ouvir as mensagens
Enviadas por alguém que ligou e disse 'eu não gosto de como você vive a sua vida'
Arrume uma esposa, arrume um emprego
Você está vivendo de um sonho, não seja um preguiçoso")

O pior de tudo, como na música "Slob", quando você rejeita ajuda, se de repente alguém te aconselha a conseguir um emprego, uma namorada e começar a agir, deixar de ser preguiçoso, você reage com sintômas de sociofobia, querendo se esconder ainda mais do mundo.

4)"Why are you so far away from me? I need help and you're way across the sea I could never touch you I think it would be wrong I've got your letter You've got my song"
("Por quê você está tão longe de mim?
Eu preciso de sua ajuda e você está do outro lado do mar
Eu nunca poderia te tocar
Eu acho que isso seria errado
Eu tenho sua carta
Voce tem minha musica")

Só quem sentiu já sabe o que é.

5) "Counting all the flowers Waste the precious hours I need to find some peace (...) All these problems on my mind Make it hard for me to think There is no way I can stop My poor brain is gonna' pop And I don't have a purpose Scattered on the surface I need to find some peace"
("Contando todas as flores
Desperdiço as horas preciosas
Eu preciso achar alguma paz
(...)
Todos esses problemas na minha cabeça, dificultam meu pensamento
Não há caminho onde eu possa parar
Meu pobre cerébro vai estourar
E eu não tenho um propósito
Espalhando na superfície
Eu preciso achar alguma paz")

Você passa muito tempo se preocupando com coisas bestas, e preparando coisas sem significado algum. Como dito na música, sendo romântico desse jeito, não há de chegar a lugar nenhum... Contando todas as flores, você é passado para trás. Você precisa achar algum momento de paz para si.

E encerrando, deixo algumas das melhores palavras do psicanalista Rivers Cuomo:
My automobile is a piece of crap My fashion sense is a little whack And my friends are just as screwy as me I didn't go to boarding schools Preppie girls never looked at me Why should they? I ain't nobody Got nothing in my pocket.
(Meu automóvel é um pedaço de merda
Meu senso de moda é um pouco ruim
E meus amigos são esquisitos como eu

Eu não fui para os internatos
As patricinhas nunca olharam para mim
Por que elas deveriam?
Eu não sou ninguém
E não tenho nada no meu bolso"

Preciso parar de ser assim e admitir que quero açúcar no meu chá.

Wednesday, May 14, 2008

2 + 2 = 5


Um pouco diferente o texto de hoje, será apenas uma análise sobre uma música. Música com pouco mais de 3 minutos, mas com força mais explosiva do que mil bombas; "2 + 2 = 5", do Radiohead(do álbum "Hail To The Thief"). Letra de Thom Yorke, que de vez em quando, dá uma de profeta(muito bem sucedido).

A música começa calma, suave, e com uns barulhinhos estranhos, com Yorke debochando: "Are you such a dreamer? To put the world to rights? I'll stay home forever, Where two & two always makes up five"( É você, o tal sonhador? Que vai por o mundo no lugar? Bem, eu vou permancer em casa eternamente, aonde dois mais dois sempre somam cinco). Ou seja, você ainda pensa em mudar alguma coisa? Você ainda acredita em algum futuro digno para a humanidade? Aprenda, rapaz, metido a salvador, o homem sempre foi e sempre será esta podridão que está escancarada na sua frente, é instintivo, e nunca vai mudar. Bem, sendo assim, existem "outsiders", seres com total falta de identificação com a maioria, que permanecem isolados, como Yorke, e aí ele diz "eu vou permancer em casa eternamente, aonde dois mais dois sempre somam cinco", traduzindo para a forma não-lírica: Vou me isolar, ficarei afastado do resto da humanidade, e fazer de conta que o mundo não existe, criar um universo só meu, aonde eu posso fingir que a vida é boa, aonde eu posso fingir que dois mais dois fazem cinco!

"It's the devil's way now There is no way out You can scream & you can shout It is too late now, because... You have not been paying attention"

(É o jeito do Diabo , agora
E voce não tem por onde fugir
Você pode gritar e você pode berrar
É tão tarde agora, porque...

Você não esteve prestando atenção...)

Com estas palavras, a música explode, e se torna uma das mais pesadas do histórico do Radiohead. Com estas palavras, Thom Yorke profetiza o século XXI. Com estas palavras, nós fomos avisados;
Não adianta mais berrar nem chorar, o homem já fez o que tinha que fazer, e como o demônio diz no filme Advogado do Diabo, "o século XXI será do diabo ponta à ponta", agora vêm apenas as consequências.
Porque? O que quer dizer com isto?
Poluição, Guerras, Degradação Ambiental, Aquecimento Global, Totalitarismo, Escassez de alimentos, Destruição de Culturas, Etnocídios, Genocídios, Explosão Demográfica, Osama Bin Laden, George W. Bush, Hugo Chávez, Britney Spears, 50 Cent, Big Brother Brasil... Tudo isto que vemos o início(pois ainda estamos no 8º ano do século) irá transformar nossa geração numa era de total auto-destruição do ser-humano, em que valores serão destruídos por completos e o Mal(no mais detalhado dos seus sentidos) irá reinar absoluto. Por que? Porque você não prestou atenção.

"All hail to the thief"

Preparem-se, o show de desumanidade apenas começou.
Eu prefiro ficar em casa, aonde dois e dois são cinco, e você?

Tuesday, April 08, 2008

Conselho


Talvez você devesse parar de ter qualquer tipo de esperança; acho que você devia aceitar de uma vez o fato de que vai morrer sozinho, sem ter ninguém ao lado para dizer às pessoas que foram ao seu velório que você foi um grande homem. Se desistisses da felicidade de uma vez por todas, é provável que a vida se tornasse muito mais fácil de se ignorar.

Tuesday, March 11, 2008

Love is an excuse to get hurt


Foda-se o Shakespeare
Foda-se Romeo
Foda-se Julieta
Foda-se o Dia dos namorados
Foda-se Love Story
Foda-se Juno
Foda-se Amélie Poulain
Foda-se(bastante) o Platão
Foda-se o Sting e seu "Every breath you take, i'll be watching you"
Foda-se João
Foda-se Maria
Foda-se John e Yoko
Foda-se Sid e Nancy
Foda-se Kurt e Courtney
Foda-se Amy e Blake
Foda-se Penny Lane
Fodam-se BEATLES!

Aproveitem bastante o amor... mas não precisa esfregar na cara de quem não é amado que este negócio é a melhor coisa do mundo.

Essa é para o Love Story

Eu só queria não ser mais eu mesmo.
Queria mudar.

Me odeio por ser incapaz de fazer o que desejo.
Me odeio por morar numa cidade odiável.
Me odeio por não fazer quem eu gosto gostar de mim.
Me odeio por ninguém gostar de mim.
Me odeio por escrever sobre o quanto me odeio.
Me odeio por me odiar.

Eu só queria. . Gr.

Eu quero fugir, não quero mais olhar nos olhos de ninguém, não quero morrer, mas quero esperar por minha morte; sozinho, sem dor.

Love is an excuse do to get hurt.

Thursday, March 06, 2008

Existência?

Você já teve a oportunidade de se olhar no espelho e pensar "Puta que pariu! Eu sou um Merda!"?
Se não, perdeu uma das maiores momentos da vida. Se sim, sabe do que estou falando.
É um momento de reflexão que jamais vai se repetir. Fiz isso há pouco tempo, e à minha mente vieram devaneios profundos sobre a minha existência, sobre o universo, sobre o criador deste e sobre a criação de gado e a plantação de soja no Norte do Brasil.

Alí, olhando para o espelho, eu via o retrato de um inconfortável, do excêntrico do século XXI.
Simplesmente um peixe se debatendo ao ser retirado d'água... O criador do universo; seja ele Deus, Alá, Javé ou Buda; deu-me de presente a existência, uma alma que encontra-se habitada no corpo que digita no teclado deste computador. Tentando criar uma metáfora para explicar a atual condição deste corpo; é como se ele tropeçasse à cada esquina, fosse invisível e totalmente estranho ao padrão ideal dos olhos de qualquer pessoa. Não entendeu bulhufas né?

Bem, o cara do espelho é um perdedor, sempre foi. E isso não lhe traz só malefícios, ele não tem a obrigação de vencer, já que sempre foi um perdedor. Dentro de casa, é o fracassado, seus pais não esperam mais do que o medíocre dele, logo, a cobrança é menor... Dá para conviver bem com isso. Por causa desta suposta vantagem, de não ter que provar nada para ninguém, já que ninguém exige dele coisa difícil, constrói a imagem de "solitário por opção", que não quer dividir seu coração com ninguém; mas, todos sabem que isso é besteira e mentira, se fosse verdade esta auto-suficiência tão clamada por ele, não viveria triste e cabisbaixo ao andar no meio das ruas, olhando as pessoas se divertindo no centro da festa, Invejando-as.

O pior de tudo, é que essa melancolia que ele carrega nas costas, é uma cruz que, esta sim, é uma opção. Ele poderia sofrer menos, e entrar no universo tão estranho e curioso que é a "vida normal", com sorrisos, beijos, abraços, pessoas ignorantes e músicas ruins. Mas isto, é algo que ele não quer. Pois ele é um masoquista, ele gosta de sofrer, gosta de mostrar seu rosto deformado aos outros, quer que tenham pena dele. E como prova disto, ele escreve um texto no exato momento para mostrar aos outros o quanto é sofredor, quer que vejam Jesus Cristo com uma corôa de espinhos apanhando dos romanos ao olharem em seus olhos. "Um idiota romântico, com pena de si mesmo... Mas com algum encanto pessoal". Como diria Neil Gaiman, sobre Morpheus, em 'Sandman'.

O rapaz, que viveu 18 anos de decisões mal feitas, diz que não, mas tem no olhar, na fala, e em cada gesto seu, um pedido desesperado de aprovação. Finge que não dá a mínima, mas ao construir a imagem de homem impenetrável, tudo que ele mais deseja é alguém que venha fazer carinho; como um dono acariciando seu cachorrinho. Esconde seus sentimentos, não conta para ninguém, deixando que brotem deles o ódio seco pelos seres-humanos que não o enxergam e não estão lhe fazendo carinho. De fato, tudo que ele faz, é para conseguir aplausos, e sendo mal-compreendido, não consegue nada, nem ao menos vaias.

"Talvez se nunca mais tentar viver o cara da TV, que vence a briga sem suar e ganha aplausos sem querer" (Marcelo Camelo).

De fato, é mais fácil viver quando você grita aos quatros cantos do mundo que a vida é um lixo, pois assim, acaba por não conhecer a verdade incontestável; a de que ele é um Merda, com M maiúsculo. Pois, como foi dito de início, ao fazer isso, e assumir a imagem de perdedor, a vida no geral, exige bem menos dele. Mas a que preço?

Uma existência completamente vã, eu diria. E não há livros de filósofos existencialistas da Alemanha no século XIX que o façam viver mais tranqüilo, ele precisa buscar a felicidade em um mundo que o rejeita; o mundo real.

Jair Farias de Oliveira Filho, segue os caminhos postos pela vida ignorando que existe competição, fingindo não existir a luta. Prefere se entregar, dizendo-se fracassado, pois assim é mais fácil.

"É a solução de quem não quer
Perder aquilo que já tem
E fecha a mão pro que há de vir..."

Só o que ele não sabe, é que seguindo esse estilo de vida, ele não é um perdedor, ele nunca perde, só deixa de ganhar. Perto de morrer, ele vai se dar conta, nada é pior do que viver a vida com um coração seco e frio. Desejo ao rapaz o melhor, e que ele perceba a besteira que está fazendo.

---Ah, e está comprovado que a plantação de soja no norte do Brasil destrói mais o ecossistema e a biodiversidade da floresta amazônica do que a criação de gado. Portanto, vegetarianos, vocês, ao comer soja, também matam bichinhos e destroem suas casa. Nós, onívoros, apenas os matamos.
Isso não acrescenta nada ao texto, mas é um fato interessante.

Thursday, February 14, 2008

Heterofobia Não!

Eu sou um simples jovem que costuma, de vez em quando, ir a shows de rock no centro histórico da minha cidade(Natal-RN). Pois bem, a chamada "cena rock" de Natal está, hoje, dominada, em sua maioria por chamados "ativistas" vegetarianos(que não se cansam de exibir seus all-stars feitos por criancinhas chinesas, mas ainda sim insistem em ser os anti-capitalismo) e moderninhos que gostam de beijar pessoas do mesmo sexo. Eles estão no canto deles, eu no meu, para quê reclamar(até este ponto)?

É difícil ir a qualquer festa rock em Natal e não ver o bissexualismo e homossexualismo escrachado na sua cara. Mas quem iria ousar protestar contra esta maioria? Esta maioria autoritária e preconceituosa. Sim, preconceituosa.

Eu estava vendo a programação de shows num certo bar de rock em Natal, e me deparei com o cartaz de um evento chamado "Vegetal Attack III", que promove o encontro desse pessoal vegetariano; mas não é só isso, o lema do festival é "Homofobia Não"(o que prova a total relação entre vegetarianos e bi/homossexuais da cidade). Algum problema até aqui? Não.
Mas estava lá, na minha frente, os dizeres: "Não importa se você é gay, lésbica, bissexual, transgênero ou até hétero!O que importa é que essa variedade toda vai estar junta para discutir a sexualidade e desfrutar de um jantar vegan muito bacana, e é claro, com Rock´n´Roll moderno!"

Frisando o mais importante: "Não importa se você é gay, lésbica, bissexual, transgênero ou até hétero!"

"Até hétero!". Ou seja, até os bobões e atrasados dos heterossexuais podem entrar na festa; agora, imagine, caro leitor, se qualquer festival apenas OUSASSE promover o encontro de heterossexuais e colocasse nas chamadas do festival que Até os homossexuais poderiam entrar. Os organizadores de tal festival "preconceituoso, reacionário e conservador" seriam apedrejados na cidade.

A 'causa gay' possui cada vez mais espaço nos meios de comunicação de massa e nas artes. As telenovelas, especialmente, vem há décadas propagando a ideologia homossexual, solapando valores muito caros à família brasileira e deformando sua opinião. A ditadura do politicamente correto impede as pessoas de fazer qualquer crítica ao modo de ser dos homossexuais, pois temem ser tachadas de retrógradas ou preconceituosas. A liberdade de consciência foi engessada.

Agora, os defensores da causa gay, não satisfeitos com a propaganda massiva favorável à sua causa, tentam dar o golpe final nos seus opositores: levar à prisão quem 'ouse' criticar a homossexualidade.

Está-se falando do Projeto de Lei n.º 5003-b, aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados no final de novembro de 2006, e que trata dos denominados crimes de homofobia. A proposição irá em breve para votação no Senado.


Os homossexuais, inclusive os da minha querida cidade, dizem "Homofobia Não!", mas não param de clamar a heterofobia, excluindo os héterossexuais de qualquer ciclo social em que eles estejam dominando. Acredite, eu, como heterossexual, me sinto muitas vezes descriminado na cena rock da cidade. E aí, pessoal, é esse o pensamento livre de qualquer preconceito que vocês pregam? Não dizem que qualquuer um tem o direito de escolher sua opção sexual? Então porque rejeitar, excluir e descriminar, aqueles que sentem atração por pessoas do sexo oposto?