Tuesday, August 18, 2009

Admirável Mundo Verde


Tenho noção de que este blog é pouco lido. Alguns poucos acompanham. Porém, não deixa de ser uma forma de manifestar minha opinião e, por isso, conseguir formar outras opiniões, ou o mais importante: formar ações. Mesmo que apenas uma, ou quase uma, já é algo, diante das circunstâncias em que o mundo vive. Assim eu penso.

Milhões de brasileiros se agradam ou desagradam do nosso Presidente ou qualquer governante por atos que eles tomam, como em relação à economia, mobilidade urbana, educação e saúde. E estão certíssimos. Na verdade, deveriam se importar até mais com isto, tomar mais medidas e serem menos apáticos. Mas enfim... numa eleição, o que mais conta para os eleitores antenados dos dias de hoje são as propostas e ações do candidato em relação à medidas que afetem o bolso do contribuinte e a qualidade de vida do brasileiro. Bem como não poderia deixar de ser.
Não falarei em nome de qualquer político ou acusarei outro... mas existe algo que não interfere diretamente ou à curto prazo na sua vida, mas vai interferir. Ou na sua vida ou na vida dos seus descendentes. Um exemplo destas ações que quero lembrar-vos:

O últimos governos brasileiros cederam concessões à grandes empresas, nacionais ou estrangeiras, na Amazônia para a devida exploração desta. Retirando matéria-prima indevidamente, queimando a floresta(ato responsável por mais da metade das emissões de dióxido de carbono - CO2 - no país), criando fazendas para a pecuária e criação de soja para o alimento do gado. Até o minuto em que você terminar este texto, um maracanã e meio terá sido desmatado na Floresta Amazônica brasileira.
Em outras palavras, a Amazônia foi quase que privatizada pelo governo para que os empresários fazam uso dela da forma que bem entenderem(como se já não bastasse as quantidades hiper-alarmantes de emissão de CO2 pelas indústras dos "mesmos" empresários, que acelera o processo de mudanças climáticas e aquecimento global).
É claro que as matérias-primas de um país devem ser usadas em prol da evolução de seu povo, sua economia, e etc. Mas usadas devidamente, de forma Sustentável. Que não prejudiquem e comprometam a qualidade de vida de nossa geração e da geração futura. Não falo de um apocalipse no dia de amanhã - o que pode acontecer. Falo do ponto de vista ético.

Falar de uma questão como esta é difícil num mundo em que todos sonham em fazer parte do modelo americano de vida e seu exagero enorme de consumo e obtenção de bens. É o que os gregos clássicos chamavam de
Hybris. A arrogância e ambição, a super auto-valorização de algo/alguém, que tende a levar o indivíduo à auto-destruição. Isto que está acontecendo com a nossa sociedade. Em escalas gerais e individuais. Pense um pouco. Viver de forma sustentável não é ser eco-chato. É buscar a auto-suficiência, estar satisfeito e não mais inseguro e com ambições de se afogar num rio lamacento de dinheiro e poder. Em vez de você e cada um de seus três amigos irem ao jogo de futebol num carro diferente, porquê não todos irem no mesmo carro? É mais lógico, rápido, prático, saudável, divertido e ainda: ecologicamente correto.

Por mais que nos últimos anos tenha havido um afastamento dos jovens em relação à política, mesmo que um texto como este não venha a influenciar em quase nada, já é uma forma positiva de fazer política, através da conscientização, para que, nas próximas eleições, priorizar candidatos com propostas e credenciais ambientais(um exemplo: que dêem suporte à idéia de fontes de energia renováveis, algo de extrema relevância); ou, como sei de pessoas que lêem este blog e ainda não votam, tentar convencer amigos e família a fazer isto. Na grande maioria das vezes, os governos só falam em nome dos grandes empresários e industriais que financiaram sua campanha e não do povo, e de certa forma, falta muita vontade política no Brasil e no mundo para se tratar a questão ambiental como se deve, mas pouco a pouco, isto pode mudar.

Preze por quem concilia progresso e sustentabilidade, pois esta não significa abdicar daquela. É num pequeno ato individual de cada um que poderemos mudar o curso da história. Não se esquecer de tomar atitudes cotidianas que não agridam tão fortemente ao nosso mundo. Faça isso por si mesmo.

Saber mais: www.conservation.org.br/